quinta-feira, 6 de março de 2014

Intervenção militar. O que virá depois?

Intervenção militar. O que será isso para o BRASIL?
 
Sabemos o que estamos pedindo?

*Nota: Por conta da liberdade de expressão que há nesse veículo, nos permitimos publicar esse artigo. Simples e direto. Se você vai às ruas, ou apóia quem vai, saiba o que está pedindo. É o que penso. Esse espaço é frequentado por pessoas inteligentes e amantes da democracía, creio que compreenderão perfeitamente as colocações feitas e as implicações advindas da sua decisão. Afinal, em um espaço democrático todas as faces do problema podem, e devem ser abordadas.
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Acreditamos realmente que o governo brasileiro é cada vez mais autoritário, que tem se aliado a gente má, de mau caráter, como Fidel Castro e Nicolás Maduro, e que se não for impedido pode mesmo jogar o Brasil no caos, social, moral, econômico etc.
 
Nos últimos meses o debate entre direita e esquerda alcança níveis jamais vistos no país. A direita, antes calada, começa a sair de dentro de suas casas, e para surpresa de muitos, percebe-se que compõe uma parcela bastante significativa da sociedade, gente que está cada vez mais disposta a expor sua opinião. Essa polarização cada vez mais radical da sociedade foi criada pelo próprio governo atual, que insiste em trazer à tona, da sua maneira, fatos ocorridos no passado. Ora, o país não é formado somente de pessoas que se manipula por meio de assistencialismo, muitos tem percebido claramente a vil intenção de mudar a história, negando as atrocidades cometidas pelo grupo que desejava impor o comunismo ao Brasil, e responsabilizando unicamente a direita e os militares por tudo de ruim que existe no país. Querem transformar heróis em vilões e vice-versa.
 
No dia 22 de março próximo acredita-se que alguns milhares de pessoas insatisfeitas com o governo marcharão em algumas capitais em memória da Marcha da Família com Deus, que antecedeu a intervenção militar de 31 de março de 1964. Finalmente a sociedade esclarecida está se mobilizando. O movimento é benéfico, virtuoso, no sentido de que pode declarar ao mundo que a democracia brasileira tem sido um fracasso. Em meio ao movimento há uma quantidade gigantesca de pessoas que prefere um tipo de “RESET” no Brasil, um começar de novo. Estes desejam que algum dos Poderes, conforme prescreve a CF1988, convoque as Forças Armadas pra intervir, fechando o Congresso e afastando a Presidente atual.
 
Será que essas pessoas que pedem uma Intervenção Militar sabem mesmo o que estão pedindo? Como seria essa “intervenção”, seria realizada legalmente, baseada em provas palpáveis e acusações formais contra membros do governo, como a Presidente e o Vice-presidente? Os militares conseguiriam intervir sem disparar um único tiro, ou o sangue de nossos compatriotas - de esquerda ou de direita - seria derramado em nossa própria terra?
 
Sabe-se que as coisas chegaram ao nível em que estão, de uma forma gradual, com a colaboração de nossa própria passividade. Ao longo desses anos permanecemos quietos em nossas casas, gozando de nosso conforto e assistindo do sofá a destruição de pilares como patriotismo, família, honestidade e honra. Se houvéssemos nos mobilizado para que o país não fosse dominado pelas mesmas pessoas que tentaram destruí-lo no passado, não estaríamos agora discutindo uma questão tão grave. Creio que a maioria aqui concorda que permanecemos numa espécie de letargia enquanto os inimigos da liberdade agiam com grande velocidade.
 
Imaginemos que o Supremo Tribunal Federal, alertado pela multidão, chegue a mesma conclusão que os manifestantes e convoque as Forças Armadas para intervir, fechando o Congresso e prendendo a Presidente. O que virá a seguir? Serão tempos de paz ou de guerra?
Sem entrar em muitos detalhes, abaixo há uma visão panorâmica apenas dos primeiros dias após uma suposta intervenção.
 
Uma tropa do Exército cercaria silenciosamente o palácio do Planalto e prenderia e Presidente Dilma, seria mantida em prisão domiciliar até que fosse julgada. Alguém avisaria a imprensa e a notícia se espalharia pela internet como um rastilho de pólvora. 
   Instantaneamente a Força Nacional será acionada pelo Poder Legislativo, essa força cercaria o Congresso rapidamente e tentariam impedir que os militares federais assumissem o controle da instituição. Alguns estados que possuem governos fieis ao governo federal, como a Bahia por exemplo, acionarão suas polícias militares e estas serão colocadas de prontidão, guardando as instituições públicas, como palácio do governo e Assembleias Legislativas. Alguns comandantes de quartéis de polícia hesitarão, bem como alguns oficiais de menor patente, e certamente haverá quebra de hierarquia em várias instituições pelo Brasil afora. 

As associações de policiais também escolherão um ou outro lado e certamente haverá muita confusão entre oficiais e praças. Sindicatos fieis ao governo paralisarão meios de transporte, refinarias e sistemas de comunicação, e os militares não teriam gente suficiente para suprir essas lacunas nos primeiros dias do caos. Logo faltaria alguns ítens básicos.
 
O Movimento dos Sem Terra, Sem Teto, CUT e partidos radicais como o PSTU, fieis ao governo, se levantarão e colocarão em prática suas táticas de guerrilha urbana há muito estudadas no manual de Mariguella e outros similares. Estudantes das universidades federais filiados aos Diretórios estudantis se aliarão a estes militantes de esquerda e marcharão nas grandes cidades, promovendo vandalismo e quebradeira.
 
Nas áreas rurais redes de energia seriam sabotadas para desestabilizar o governo próvisório, o governo talvez se sentisse forçado a intervir na internet para freiar a organização dos apositores. Outras medidas autoritárias se seguiriam ao ato para evitar que a esquerda novamente manipule a sociedade, e rapidamente parte da população, ainda nos primeiros dias se somaria àqueles que se posicionam contra os militares, engordando mais ainda as manifestações nos grandes centros.
 
As forças armadas reprimirão as manifestações, mas como certamente haverá policiais e agentes de segurança ainda fieis ao governo em meio aos insatisfeitos, haveria feridos e mortos de ambos os lados. É quase certo que o Brasil enfrentaria um longo período de caos generalizado, talvez muitos meses. Centenas, talvez milhares de pessoas morreriam nos primeiros embates entre forças armadas e aliados do governo destituído. Os manifestantes recuariam, mas não desistiriam. Se armariam melhor, e melhor organizados e com o apoio de militares desertores e de países aliados do governo, como Cuba e Venezuela, reagiriam de forma sistemática.
 
Da mesma forma que no passado, militantes de esquerda se organizariam em grupos de guerrilha urbana, usariam até nomes de grupos do passado, como MR8 etc. Com ataques surpresa e ações do gênero essas pessoas espalhariam o terror nas noites das grandes cidades. Hoje ha maior facilidade em se adquirir armas clandestinas, sem contar as que ja existem nas mãos do crime organizado, isso tornaria as coisas mais difíceis ainda.
 
Paro por aqui, mas creio que deu pra ver que uma "intervenção" não é algo tão simples assim. Nosso país é enorme, complexo, pluripartidário e repleto de ONGS e Grupos de esquerda apoiados pelo governo federal. Seria uma situação complexa demais, deve-se evitar que ocorra, a todo custo.
Gente, eu não gostaria de ver milhares de brasileiros mortos em uma guerra civil. Sabemos que já salvamos o Brasil uma vez, indo para as ruas. Podemos sim tentar de novo, mas talvez haja tempo para que isso seja realizado pela via democratica.
 
Vão mesmo para as ruas, peçam urnas convencionais na manifestação. Carreguem faixas dizendo Fora Dilma, abaixo o PT. Acampem na Avenida Paulista até que se aprove o retorno do voto convencional. Lembram do "ocupa wall street"? Vocês tem muito poder. São pessoas lícitas, dignas e esclarecidas. Creio que as manifestações do dia 22 próximo serão muito válidas para mostrar que a situação já chegou no limite do suportável. Se forem inteligentes poderão salvar o futuro do nosso país.
 
Essa semana, aqui mesmo nesse site, lemos um artigo no qual um General de Brigada convoca a sociedade a se manifestar e expressar sua insatisfação, não há fraude ou governo corrupto que resista à ação da sociedade mobilizada, insistindo em mudanças em torno de ideais lícitos. Como disse um líder preso recentemente na Venezuela, quem se cansa perde.  #ElQueSeCansaPierde.
Você já sabe o que vai pedir no dia 22?

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