domingo, 9 de março de 2014

CONTRASTES NO PAIS DA COPA.

Dona Lindu está abandonado

Única obra de Oscar Niemeyer no Recife, o parque à beira-mar, que custou R$ 34 milhões, é a imagem do esquecimento e também do  desperdício.

O Parque Dona Lindu, construído pela Prefeitura do Recife à beira-mar de Boa Viagem, na Zona Sul, custou R$ 34 milhões e tem menos de cinco anos de uso. Mas, padece por falta de manutenção. Os estragos são evidentes na tela rasgada da quadra poliesportiva, no gradil quebrado da pista de skate, nos banheiros avariados, nas placas de informação rasgadas e nas árvores secas.

Nem água para lavar as mãos tinha, ontem, nas torneiras do banheiro feminino. O sanitário reservado aos deficientes físicos, no banheiro masculino, está interditado porque a descarga entupiu. E o fraldário, para atender crianças até 3 anos de idade, está sem descarga. Todos estão com lâmpadas queimadas.

Das seis lâmpadas do banheiro masculino, só três acendem. Interruptores de luz e suportes para o papel higiênico encontram-se quebrados. As maçanetas das portas dos sanitários foram trocadas por ferrolhos e os espelhos são manchados por pontos pretos. No lado feminino, há, também uma rachadura no espelho. A fórmica do acabamento de portas e paredes está se soltando.

Galeria de imagens

Grades da quadra poliesportiva estão destruídas
Foto: Guga Matos/JC Imagem
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A Prefeitura do Recife disse que vai investir R$ 150 mil para recuperar o alambrado da quadra, pista de skate, sinalização, conserto e manutenção de brinquedos, além de pintura.

De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) da PCR, os serviços começam no próximo mês e o prazo para execução é de 40 dias. A empresa informa que investe cerca de R$ 30 mil por mês na manutenção do parque, que é danificado por vândalos, diz a nota. Já para coibir as depredações, a Secretaria de Segurança Urbana do Recife planeja um sistema de monitoramento por vídeo para o Dona Lindu.

JORNAL DO COMMERCIO  

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Embora essa  reportagem seja  do  ano passado, publicado em 17/10/2013, às 07h52, esta postagem visa  mostrar  como  se joga  dinheiro  fora  nesse país, ESSE AÍ É  O MONUMENTO  AO PUXA-SAQUISMO.

VAMOS EM FRENTE:

No mesmo  Jornal  do Commercio  de hoje 08/03/2014:

Mistério da Copa: quanto custou a Arena Pernambuco?

A cem dias do evento, pergunta é refeita pela Lei de Acesso à Informação

Publicado em 08/03/2014, às 00h36

  Giovanni Sandes
Valor de R$ 532 milhões era só o orçamento inicial das obras / Alexandre Gondim/JC Imagem

Valor de R$ 532 milhões era só o orçamento inicial das obras

Alexandre Gondim/JC Imagem

Quanto custou a Arena Pernambuco? Se você buscar na internet e achar R$ 532 milhões, nada mais errado. Há quase um ano, desde que o estádio ficou pronto, o governo admitiu que o custo aumentou. Mas nunca disse para quanto. Chegou-se a falar em algo próximo a R$ 650 milhões, depois mais nada. A menos de cem dias da Copa 2014, desta vez a pergunta foi feita de forma diferente, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), criada para dar mais transparência à administração pública. O resultado foi mais mistério. O governo reconhece o óbvio, que os R$ 532 milhões eram só o “investimento inicial” e que recebeu um pedido de aumento. E só. É assim que a pergunta continua: afinal, quanto custou a Arena Pernambuco?

O governo federal criou em 2011 a Lei de Acesso à Informação, a LAI, também replicada no Estado. Ela cria a transparência ativa, a obrigação do governo de divulgar toda e qualquer informação sob sua custódia, com exceção de questões que ameacem a segurança, por exemplo. E também a transparência passiva, a obrigação do gestor público de responder a questionamentos de qualquer cidadão.

Com a LAI, a reportagem protocolou no último dia 12 um pedido de informação com três questões, uma delas direta, sobre a arena. A resposta da Secretaria de Planejamento e Gestão, três semanas depois, foi esquiva: “O investimento inicial previsto, conforme proposta vencedora da licitação, foi de R$ 532 milhões. Encontra-se, em análise pelo Estado, pedido de reequilíbrio econômico-financeiro.”



A resposta mistura questões bem diferentes. Para entender, basta lembrar que a concessão com a Arena Pernambuco Negócios, do grupo Odebrecht, é uma parceria público-privada (PPP): mistura 3 anos de obras e 30 anos de prestação de serviços.

Por causa do prazo longo, o pagamento de tudo em geral é diluído em três décadas, um custo final bem maior que o da construção. É como um apartamento: o financiamento custa bem mais que o imóvel.
Então, este é o drible do governo: perguntado sobre o “preço do apartamento”, diz estar revendo o financiamento.

Para evitar mal-entendidos, o JC voltou a buscar a Secretaria, pela assessoria de imprensa, enfatizou a diferença entre uma questão e outra e repetiu a pergunta: qual foi o custo da Arena Pernambuco? A resposta foi a mesma: “Encontra-se em análise pelo Estado pedido de equilíbrio econômico-financeiro, que resultará no valor final do contrato.”

Apesar da esquiva, já é mais que sabido, o orçamento estourou. Quando o contrato foi assinado, em 10 de junho de 2010, o Estado se comprometeu a levar para a arena os 20 melhores jogos por ano de cada um, Náutico, Sport e Santa Cruz, uma receita anual de R$ 73,2 milhões.

A condição era suspensiva: sem times, sem obras. Então, um aditivo em 21 de dezembro de 2010 destravou tudo. O Estado garantiu uma receita mínima de R$ 36,6 milhões por ano até 2043. Mas o prazo de obras ainda era 3 anos, ou seja, depois da Copa das Confederações, em dezembro de 2013. O governo pediu para a entrega em abril, a um custo alto: só o número de operários dobrou para 5 mil.

Em maio de 2013, o secretário Extraordinário da Copa, Ricardo Leitão, disse que a “ordem de grandeza” do novo custo era R$ 650 milhões. Depois silenciou sobre esse ou qualquer outro número. Naquele mesmo mês, a IFL Empreendimentos e Tecnologia foi contratada para rever todo o contrato, após pedido de revisão da Odebrecht.

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Por que estou  abordando esse  assunto?
Depois de assistir  a situação  de   escolas  em Pernambuco, Maranhão no  Fantástico  da Globo.
Volto  ao assunto amanhã.

CONTRASTES NO PAIS DA COPA .- continuando . . .


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