Suíços votam referendo polêmico que propõe introdução de cotas de imigração para vizinhos que querem trabalhar no país; consequências podem ser grandes, alerta analista
A polêmica votação "contra a imigração em massa"
foi proposta pelo Partido Popular Suíço, de direita, e está sendo
acompanhada de perto em toda a Europa.
O partido defende que a
Suíça deve abandonar o acordo de livre circulação de pessoas assinado em
1999 com a União Europeia, que permite acesso irrestrito de cidadãos do
bloco ao país.Apesar de não ser membro da UE, a Suíça é signatária de vários tratados do bloco e, em troca, ganha livre acesso ao mercado único europeu.
Atualmente, cidadãos de outros países europeus podem viver de três a seis meses na Suíça sem visto e, se tiverem um emprego, têm direito à residência no país sem restrições. Para cidadãos de outras nações já existem cotas de imigração em vigor.
Mais: Suíços votarão lei que limita salários de executivos do país
A expansão da economia suíça, baixa taxa de desemprego (3%, contra 11% na UE em 2012), alto salários e benefícios estatais generosos são grandes atrativos para imigrantes das nações vizinhas.
Cerca de 1,87 milhão de pessoas ou 23% da população total da Suíça hoje é composta por imigrantes, segundo dados oficiais do governo. Trata-se da maior porcentagem entre os países da Europa e corresponde à entrada de aproximadamente 63 mil estrangeiros em território suíço por ano. Italianos, alemães e portugueses são os maiores grupos.
Muitos defensores da introdução às cotas argumentam que a imigração crescente está tendo impacto no número de moradias disponíveis e na superlotação das redes de saúde e transporte públicos.
"Tem gente demais", diz o fazendeiro Martin Haab à BBC News. "Nas estradas, nos trens, e principalmente nas cidades."
Sua fazenda, nos arredores de Zurique, fica imprensada entre uma ferrovia e uma estrada movimentada.
"Fico preocupado com meu filho e netos. Se 80 mil continuarem entrando todos os anos, em quatro décadas teremos 13 milhões de pessoas vivendo aqui. Isso ignifica que o noroeste da Suíça vai virar uma grande cidade", diz o fazendeiro, que também é um político local pelo Partido Popular Suíço.
Tensão . . .
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Sem entrar no mérito da questão, esse também é um problema sério aqui no Brasil.
O governo brasileiro tem dado incentivo para empresas (carece de confirmação) empregarem bolivianos e principalmente haitianos que aqui entram clandestinamente.
Médicos e atletas cubanos não conseguem asilo político por aqui, são até hostilizados e deportados sem defesa, já essa . . . tem boa acolhida por aqui.
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