quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Henrique Pizzolato preso na Itália com passaporte falso.


  • Lula Marques/Folhapress
    Henrique Pizzolato em foto de arquivo Henrique Pizzolato em foto de arquivo
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, único condenado do mensalão que estava foragido, foi preso pela polícia italiana.
 
Pizzolato havia fugido para a Itália em novembro, quando foram decretadas as primeiras prisões. Como ele tem cidadania italiana, não pode ser extraditado. De acordo com a Folha de S.Paulo, Pizzolato foi detido com um documento falso – o passaporte de um irmão morto, segundo informações iniciais.
 
Por esse motivo Pizzolato foi preso pelos "carabinieri", a polícia local italiana, na cidade de Maranello, no norte do país.
 
A Polícia Federal brasileira ainda não comentou o caso, mas, segundo a Folha apurou, já recebeu o mesmo informe. Pizzolato teria usado esse passaporte falso para fugir do Brasil via Buenos Aires. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por seu envolvimento com o esquema do mensalão.
 
Após a fuga, Pizzolato divulgou por meio de seu advogado uma nota dizendo que havia fugido para a Itália com o objetivo de escapar das consequências de um "julgamento de exceção". Ele disse ter fugido para a Itália em busca de uma chance de conseguir um novo julgamento. Além disso, alegou que gostaria de ver seu caso sendo novamente analisado pela Justiça italiana, onde não haveria pressões "político-eleitorais". Devido à sua cidadania, ele estaria em relativa segurança na Itália, uma vez que o país europeu não extradita seus nacionais.
 
Pizzolato só poderia ser preso se o Brasil conseguisse fazer com que a Justiça italiana abrisse um processo relativo aos crimes do mensalão e, após novo julgamento, o condenasse. Isso tudo, porém, seria algo extremamente difícil de acontecer, segundo especialistas em direito internacional ouvidos pela Folha.
 
Tão logo sua carta foi divulgada, a Polícia Federal incluiu o nome de Pizzolato na chamada difusão vermelha da Interpol, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados.
 
(Com informações da Folha de S.Paulo

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MARANELLO  -  Pizzolato se  ferrou  na Terra da  Ferrari .

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