Há uns 15 dias atrás, estive participando de uma reunião e depois fomos para um ágape. Dividi a mesa com um empresário, um funcionario aposentado do Banco do Brasil e um gerente da Caixa, esse petista de carteirinha. Só elogios para a nossa economia requentada, os investimentos das montadoras etc... aí não deu pra segurar né.
Mostrei pra ele que a PETROBRÁS, estava incapacitada de fazer investimentos e cantei a bola que a falta de combústivel viria à tona assim que passasse as eleições, falei pra ele da importação de etanol, que toda nossa politica de crescimentos de sucessos era calcada em cima de mentiras desse falastrão, falei pra ele que por conta da labirintite do governo provavelmente ele levaria a CAIXA e o BB a pique, daí ele quis mostrar-me sobre os investimentos das montadoras no Brasil, tive que contar uma historinha pra ele sobre a quebradeira na Europa, e que as montadoras francesas haviam sido privilegiadas pela politica sindicalista do desgoverno, que as empresas espanholas em particular o Santander, envia fortuna para sustentar a coroa que está falida de boné nas mãos.E o mais interessante, parecia que o cara não sabia nada disso.
Agora degustem a notícia abaixo publicada na Folha de hoje:
Governo Federal teme falta de combustível no país ainda neste ano
04/11/2012
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06h00
RENATA AGOSTINI
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
RENATA AGOSTINI
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
Para evitar o desabastecimento, ou atenuá-lo,
o governo federal já começou a traçar um plano de emergência, que envolve a
ampliação da capacidade de transporte e de armazenamento.
As reuniões tiveram início em
outubro, com técnicos do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional do
Petróleo, Petrobras e representantes das distribuidoras e dos produtores de
etanol.
"Há uma grande preocupação
com o curto prazo. O governo já sabe que será preciso um forte ajuste entre
Petrobras e distribuidoras para que não ocorram problemas no fim do ano",
diz Antônio de Pádua Rodrigues, presidente da Unica (União da Indústria de
Cana-de-Açúcar), que participa das reuniões.
Segundo avaliação do grupo, as regiões
mais ameaçadas são o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, além de Minas e Rio
Grande do Sul.
A perspectiva de colapso se deve
a três fatores: 1) o consumo recorde de gasolina, que, em 2012, pela primeira
vez passará de 30 bilhões de litros; 2) a falta de capacidade interna de
produção; e 3) problemas de infraestrutura de armazenagem e distribuição.
No fim do ano esse problema se
agrava porque, historicamente, o consumo nos meses de novembro e dezembro é
cerca de 10% superior à média registrada nos bimestres anteriores.
Para acompanhar a alta da demanda
interna, a Petrobras vem importando cada vez mais gasolina. Até setembro, foram
2,4 bilhões de litros, quase o triplo do registrado no mesmo período de 2011,
segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
A importação torna a distribuição
mais complexa. O transporte da gasolina por navios, já sujeito a intempéries,
sofre com a falta de infraestrutura dos portos, hoje sem espaço para atracação
e armazenamentos.
PELO MAR
Pará, Amapá, Maranhão, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte são os Estados mais vulneráveis. Quase todo o
combustível que abastece os consumidores desses locais chega pelo mar.
Em outubro, o Amapá ficou sem
gasolina. O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Pará relata que houve,
também, problemas de abastecimento em Belém, além de cidades do Amazonas e do
Piauí.
"A coisa está bem torta
aqui", diz Eurico Santos, presidente da entidade.
Para o sindicato, o número de
caminhões-tanque não deu conta do aumento rápido do consumo. Além disso, os
terminais que recebem combustível reduziram investimentos em ampliação porque estão
com contratos provisórios, o que dificulta o acesso ao crédito.
PRODUÇÃO
A Petrobras se empenha para
produzir mais gasolina e amenizar o problema. Na apresentação dos resultados do
terceiro trimestre, afirmou que suas refinarias já atingiram 98% da capacidade.
Em algumas regiões, no entanto,
já há um esgotamento da capacidade de produção.
É o caso da Regap, refinaria em
Betim (MG). Para abastecer os postos de parte de Minas Gerais e do
Centro-Oeste, ela passou a redistribuir combustível de outras unidades. Atrasos
e a falta de caminhões podem levar a interrupções da distribuição.
O mesmo acontece no Rio Grande do
Sul, outro Estado que teve crise de abastecimento no mês passado. A refinaria
Refap, em Canoas, está com problemas de produção para atender à gasolina
demandada. Com isso, passou a buscar combustível no Paraná e parte precisou ser
importada, entrando no país via porto do Rio Grande.
O Sindicom (Sindicato dos
Distribuidores de Combustíveis), que tem assento nas reuniões com o governo
federal, informou que o plano de contingência deverá ampliar o número de
caminhões e a capacidade dos tanques de armazenagem.
Os encontros entre governo e o
setor serão permanentes até o fim do ano. "Estamos nos empenhando para
evitar os problemas", disse Alísio Vaz, presidente do Sindicom.
Procurada pela Folha, a Petrobras
afirmou que não iria comentar a questão. O Ministério de Minas e Energia foi
procurado no fim da tarde de quinta-feira e, até o fechamento desta edição, não
havia dado resposta.
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