Segundo o Diário Liberdade a história por trás de tudo isso é a seguinte:
Roma não foi construída em um dia, tampouco o Vaticano, e menos ainda sua opulência atual. Isso tem suas raízes no século IV da era cristã, quando o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e colocou à disposição do Papa Silvestre I uma fortuna colossal - de fato o transformou no primeiro Papa rico na história.
A igreja católica é a única organização religiosa do mundo que tem como quartel-general um Estado independente: a cidade do Vaticano. Com seus 2 Km² de superfície o Vaticano é muito menor do que muitos campos de golf no mundo; e para percorrê-lo sem pressa não se necessita muito mais que uma hora; contar suas riquezas, contudo, levaria bastante mais tempo.
A moderna opulência do Vaticano baseia-se na generosidade de Benito Mussolini que, graças à assinatura do Tratado de Latrão entre seu governo e o Vaticano, outorgou à Igreja Católica uma série de garantias e medidas de proteção. A "Santa Sé" conseguiu que a reconhecessem como um Estado soberano, beneficiou-se com a isenção fiscal de sua propriedade para beneficiar os seus cidadãos, que não precisavam pagar os direitos aduaneiros pelo que importavam do exterior. Foi-lhe concedida imunidade diplomática e seus diplomatas começaram a desfrutar dos privilégios da profissão, igual assim como os diplomatas estrangeiros reconhecidos junto à Santa Sé. Mussolini prometeu introduzir o ensino da religião católica em todas as escolas do país e deixou a instituição do casamento sob a égide das leis canônicas, que não admitiam o divórcio. Os benefícios que o Vaticano recebeu foram enormes – dentre eles, os benefícios fiscais foram preponderantes.
Em 1933, o Vaticano mais uma vez demonstrou sua capacidade de estabelecer negócios lucrativos com os governos fascistas. A concordata de 1929, assinada com Mussolini, foi seguida por outra entre a Santa Sé e o III Reich de Hitler. O gestor Francesco Pacelli foi uma das figuras-chave do pacto com Mussolini: seu irmão, o cardeal Eugenio Pacelli, futuro Papa Pio XII, foi responsável pela negociação como Secretário de Estado do Vaticano, assinando um tratado com a Alemanha de Hitler. Pio XII conhecia bem a Alemanha. Ele fora núncio em Berlim, durante a Primeira Guerra Mundial, e depois, como Secretário de Estado de Pio XI, teve inúmeras intervenções no rumo que estava tomando a política alemã. Nesta qualidade interveio decisivamente na encíclica de Pio XI, conhecida como "Mit Brennender Sorge" (que pode se traduzir "Com preocupação ardente"). A iniciativa da encíclica partiu, ao contrário do que se acredita, dos bispos alemães, sendo o primeiro rascunho escrito em Roma pelo Cardeal Faulhaber. O então cardeal Pacelli, que fala alemão, deu-lhe a forma final, apresentada a Pio XI, sendo então assinada e publicada. Apesar da constante e grande pressão mundial, o Papa Pio XII sempre se negou a excomungar Hitler e Mussolini; seu pontificado foi caracterizado pela adoção de uma falsa postura de neutralidade.
Quando os nazistas invadiram a Polônia, o Papa Pio XII se recusou a condenar a invasão; uma das maiores vantagens que obteria o Vaticano do muito lucrativo acordo que mantinha com Hitler era a confirmação de Kirchensteuer, um imposto eclesiástico; trata-se de um imposto estadual que ainda hoje os fiéis alemães devem pagar, e só podem escapar se renunciarem à sua religião. Na prática, muito poucos renunciam. Este imposto representa por si só entre 8 e 10% dos impostos totais arrecadados pelo governo alemão.
Nota de repúdio referente artigo
Caro Blogueiro. Boa tarde,
Há
dois anos visito, ocasionalmente, seu precioso e informativo blog,
sempre à cata da boa notícia tão relegadas nos meios de comunicações
oficiais.
Tomando conhecimento do artigo publicado no dia 23/11, com base no Diário Liberdade, intitulado:
“Você
Sabia Que... a fábrica de armas Pietro Beretta Ltda. (a maior indústria
de armas no mundo) é controlada pela Holding SpA Beretta e que o
acionista majoritário da Holding SpA Beretta, depois de Gussalli Ugo
Beretta, é o IOR (instituto para Obras de Religião) [comumente conhecido
como Banco do Vaticano], instituição privada, fundada em 1942 pelo Papa
Pio XII e COM sede na Cidade do Vaticano?”, não me furtei de
enviar-lhe esta NOTA de repúdio ao artigo, em razão das grosseiras
inverdades ali transmitidas. Tentei através do ‘menu’ de comentários do
próprio post, mas fui limitado tecnicamente pelo próprio ‘menu’, acabei
por tomar a iniciativa por este outro meio. Vamos aos fatos:
Lendo
o artigo com base no 'Diário Liberdade', CABE AQUI MANIFESTAR VÁRIOS
ERROS DE CUNHO GROSSEIRO E EMPULHADOR contra a Santa Igreja Católica.
Pretendo mostrar a verdade dos fatos, a fim de que prevaleça a clareza
histórica e não a estereotipada como sempre fazem os difamadores da
Igreja. Senão vejamos:
Primeiramente
erra fragorosamente o excerto, quando afirma ser o Vaticano "a única
organização religiosa do mundo que tem como quartel-general um Estado
independente: a cidade do Vaticano". Certamente os 'iluminados' do tal
Diário, "desconhecem" sobre Meca, protegido pelo Estado independente a
Arábia Saudita, que séculos antes do Vaticano e até hoje, é um
verdadeiro quartel-general, não podendo nela entrar pessoa alguma que
não seja muçulmano sob pena de morte. Até mesmo o espaço aéreo dessa
cidade, é vigiado pela força aérea daquele país, não permitindo o voo de
nenhuma aeronave não islâmica. Por outro lado, o Vaticano (guardada as
devidas exceções) é um Estado aberto à visitação pública, sempre recebeu
turistas de todos os lugares do mundo e de variadas correntes
religiosas (inclusive terroristas como Ali Agka, que atirou contra João
Paulo II na Praça S. Pedro, em 1981).
Então, que quartel-general é esse de que o tal Diário Liberdade fala?
Segundo
a doutrina católica, o papa é o sucessor de São Pedro no governo da
Igreja Universal e o vigário de Cristo na terra. Tem autoridade sobre
todos os fiéis e sobre toda a hierarquia da igreja. Além da autoridade
espiritual, exerce uma territorial (interrompida de 1870 a 1929), que, a
partir de 1929, foi limitada ao Estado da cidade do Vaticano. Portanto,
a chamada "concordata" que ignorantemente se refere com o governo
fascista, não teve relação alguma com o regime instaurado. A postura do
Santo Papa Pio XII sempre foi a de combater as heresias modernistas,
comunistas e derivados como o fascismo e o nazismo, sendo o último,
filho pródigo do comunismo. Constitui-se falácia associar a Igreja
Católica a esses regimes títeres, que inclusive foram e ainda são
perseguidores e verdugos dos cristãos em todo o mundo.
Esclareço,
que é do próprio Papa Pio XII a excomunhão automática aos comunistas e
seus irmãos gêmeos nazistas, através do "Decretum Contra Communismum".
Tal condenação do comunismo se soma às condenações feitas não so por Pio
IX, mas Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII (ele também condenou em
outras oportunidades), João XXIII, Paulo VI, Concílio Vaticano II
(reiterou as condenações precedentes) e João Paulo II.Portanto, o Papa
tinha a facultatividade de pronuncia-la publicamente ou não como reza o
próprio "Decretum". Hitler havia prometido no início de 1933 uma
"aproximação" com a Santa Sé, assinando um acordo com a mesma, que
supostamente garantiria os direitos religiosos católicos na Alemanha (a
Reichskonkordat) — visando os votos no Reichstag do Partido do Centro
Católico –, porém, os rumos tomados pelo regime e as sucessivas ondas de
violência contra os judeus, em especial as leis de esterilização
obrigatória de judeus, ofenderam principalmente a Igreja Católica, que
mantinha uma posição tradicional insistindo na doutrina de que "perante
Deus todos são iguais independente de raça",visão considerada
ultrapassada na época, tendo em vista os supostos avanços "científicos e
biológicos" do racialismo.
Outra
verdade a ser dita sobre o Papa Pio XII, é que ele era também
considerado hostil ao nazismo. Já no dia 3 de março de 1933, o Berliner
Morgenpost declarou que "Pacelli [nome do Papa Pio XII] não é aceite
favoravelmente na Alemanha, já que ele sempre foi hostil ao
nacional-socialismo". Como por exemplo, em 1938, quando o Cardeal
Theodor Innitzer recebeu Hitler em Viena, o Papa Pio XI e o então
Cardeal Pacelli ficaram em suas próprias palavras "indignados" com este
ato e Pacelli divulgou inclusivamente um aviso no L’Osservatore Romano
declarando que a recepção a Hitler não tinha endosso da Santa Sé.
Há
mais 'estórias da carochinha', que verdades históricas quando se trata
da Santa Sé e da Igreja Católica. Não é de admirar que liberais,
comunistas, maçons e gayzistas a odeiam e nela já se infiltraram para
tentar pô-la abaixo. No entanto os católicos de verdade podem se
reconfortar nas palavras Daquele que Vive Eternamente:
"Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".
Mateus XVI,18.
Ao ensejo, envio-lhe meu cordial apreço.
Eduardo Trad Vieira – MG
Advogado
P.S:
Por ser um Estado com apenas 0,44Km2, a maior renda do Vaticano advém
de doações das inúmeras igrejas católicas do mundo, impostos de terrenos
histórica e legalmente constituídos por algumas nações que sediam as
igrejas e aplicações financeiras. Não tenho conhecimento sobre o
Vaticano ser acionista da indigitada empresa de armamentos, mas mesmo
constatado tal fato, o Vaticano não é o único Estado religioso a
fazê-lo, mesmo que por outras empresas de armamentos ou formas de
aplicação. Hipocritamente prefere o Diário Liberdade referir-se à Santa
Sé, ignorando os Estados religiosos islâmicos (que são todos
fundamentados na religião islâmica), além de armamentistas, muitas delas
patrocinam o terrorismo mundial. Se absteve, também, de mencionar os
países comunistas (o comunismo é também uma espécie de religião), que
como a China e Cuba são altamente ofensivas política e militarmente,
isso sem falar na perigosíssima Coreia do Norte.
Para maiores esclarecimentos sugiro acesso aos bons sites católicos, entre eles: www.montfort.org.br
Beretta Holding SA é 97,11% propriedade de UPIFRA SA, a holding do Luxemburgo, cuja sigla significa franco-Hugh-Peter, isto é, os nomes dos Gussalli Beretta e seus filhos. O IOR não está entre seus acionistas.
ResponderExcluirA arma empunhada não é uma Beretta, mas o novo rifle Dragunov SVD, chamado em círculos militares russos "balalaika", inspirado no americano XM2010 ESR (Enhanced Rifle Sniper), inicialmente conhecido como M24. As pessoas que circundam o cardeal não têm típicos rostos italianos, mas se parecem mais com russos ou poloneses.
A presença do ex-primaz da Polônia e a arma russa, nos faz duvidar de que a foto foi tirada na Itália. Não se sabe o que estaria fazendo o cardeal com esta arma na mão (uma foto fora de contexto é difícil de interpretar).
Glemp nunca fez parte do comitê de supervisão dos cardeais do IOR.
fonte: http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com.br/2012/02/o-cardeal-glemp-empunha-uma-m24-de.html
Boa Noite Wilson.
ExcluirGrato pela participação elucidativa, mas de qualquer maneira é estranho um cardeal com um crucifixo no peito empunhando uma arma dessas e posar para foto.
Ela se parece mais com a Beretta ARX-160
ResponderExcluirÉ de facto uma situação bizarra e anti-etica este envolvimento do vaticano com armas de fogo. De facto é contraditória esta imagem de santidade associada a armas.
ResponderExcluirTer fábricas de armas é fichinha se comparado à santa inquisição, que corta cabeça de pessoas, por discordar de certos princípios bíblicos.. A liderança desta instituição é corrupta na sua pior forma.
ResponderExcluirk
ResponderExcluirTer fábricas de armas é fichinha se comparado à santa inquisição, que corta cabeça de pessoas, por discordar de certos princípios bíblicos.. A liderança desta instituição é corrupta na sua pior forma.
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