Pecuarista é acusado de arrastar bezerro vivo por rodovia e avenida de Uberaba (MG) 12/11/2012 - 17h18 | do UOL Notícias
Renata Tavares Do UOL, em Uberlândia (MG)=
O pecuarista Mário José Caetano Afonso, 42, foi detido suspeito de ter amarrado um bezerro vivo na carroceria de um veículo e o arrastado pela rodovia MG-427 (que liga Conceição das Alagoas a Uberaba) e por uma avenida próxima à região central de Uberaba (447 km de Belo Horizonte).
Ele diz que o animal já estava morto. Testemunhas gravaram a ação do homem e apresentaram à Polícia Ambiental na tarde do último sábado (10). Segundo o tenente Rivaldo Luciano de Oliveira, o pecuarista foi identificado por meio da placa do veículo.
Afonso disse aos policiais que o bezerro tinha dois meses de idade e havia morrido horas antes de ser arrastado, vítima de uma doença não informada. Segundo o tenente, o homem alegou que amarrou o animal já morto ao carro e o arrastou pelas ruas para não contaminar a carroceria do veículo.
“Ele disse que iria fazer o descarte do animal em uma vala, mas como estava preocupado com uma reunião, para a qual já estava atrasado, esqueceu o bezerro e foi direto para o compromisso”, afirmou.
O boletim de ocorrência informa que Afonso só parou de arrastar o animal quando foi alertado por moradores da cidade antes de chegar ao local da reunião.
“Conversamos com ele, e, por não estar em flagrante, fizemos o BO e repassamos o caso para a Polícia Civil”. Segundo o tenente, o pecuarista informou ter um laudo veterinário comprovando a doença do bezerro, mas nada foi apresentado no momento do registro do BO.
“Nós não tivemos acesso a ele.” Ao ser questionado sobre o motivo de não ter visto o laudo, o tenente justificou dizendo que cabe à Polícia Civil investigar o caso.
A polícia chegou a questioná-lo se o fato se tratava de algum ritual maçônico, já que o veículo que dirigia tem na parte traseira da carroceria um adesivo do símbolo da Maçonaria – um compasso e um esquadro.
Afonso negou que o ocorrido tenha alguma relação com rituais maçônicos. "Jamais faria algo desse tipo. Sou produtor rural desde os 18 anos e não ia fazer isso intencionalmente nunca", afirmou.
O pecuarista disse estar aguardando o contato da perícia para que o caso seja investigado. "Não lavei a caminhonete e ela está do mesmo jeito e com o cheiro da carcaça. Estou passando por um dos piores momentos da vida por causa de um descuido", disse Afonso. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Uberaba, as imagens estão sendo analisadas para identificar se o animal estava vivo ou morto. O pecuarista não está detido, mas deve voltar a ser ouvido pela Polícia Civil nos próximos dias. * * *
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