Sabemos o que estamos pedindo?
*Nota: Por
conta da liberdade de expressão que há nesse veículo, nos permitimos
publicar esse artigo. Simples e direto. Se você vai às ruas, ou apóia
quem vai, saiba o que está pedindo. É o que penso. Esse espaço é
frequentado por pessoas inteligentes e amantes da democracía, creio que
compreenderão perfeitamente as colocações feitas e as implicações
advindas da sua decisão. Afinal, em um espaço democrático todas as faces
do problema podem, e devem ser abordadas.
# # #
Acreditamos realmente que o governo
brasileiro é cada vez mais autoritário, que tem se aliado a gente má, de
mau caráter, como Fidel Castro e Nicolás Maduro, e que se não for
impedido pode mesmo jogar o Brasil no caos, social, moral, econômico
etc.
Nos últimos meses o debate entre direita
e esquerda alcança níveis jamais vistos no país. A direita, antes
calada, começa a sair de dentro de suas casas, e para surpresa de
muitos, percebe-se que compõe uma parcela bastante significativa da
sociedade, gente que está cada vez mais disposta a expor sua opinião.
Essa polarização cada vez mais radical da sociedade foi criada pelo
próprio governo atual, que insiste em trazer à tona, da sua maneira,
fatos ocorridos no passado. Ora, o país não é formado somente de pessoas
que se manipula por meio de assistencialismo, muitos tem percebido
claramente a vil intenção de mudar a história, negando as atrocidades
cometidas pelo grupo que desejava impor o comunismo ao Brasil, e
responsabilizando unicamente a direita e os militares por tudo de ruim
que existe no país. Querem transformar heróis em vilões e vice-versa.
No dia 22 de março próximo acredita-se
que alguns milhares de pessoas insatisfeitas com o governo marcharão em
algumas capitais em memória da Marcha da Família com Deus, que antecedeu
a intervenção militar de 31 de março de 1964. Finalmente a sociedade
esclarecida está se mobilizando. O movimento é benéfico, virtuoso, no
sentido de que pode declarar ao mundo que a democracia brasileira tem
sido um fracasso. Em meio ao movimento há uma quantidade gigantesca de pessoas que prefere um tipo de “RESET” no Brasil, um começar de novo. Estes desejam
que algum dos Poderes, conforme prescreve a CF1988, convoque as Forças
Armadas pra intervir, fechando o Congresso e afastando a Presidente
atual.
Será que essas pessoas que pedem uma
Intervenção Militar sabem mesmo o que estão pedindo? Como seria essa
“intervenção”, seria realizada legalmente, baseada em provas palpáveis e
acusações formais contra membros do governo, como a Presidente e o
Vice-presidente? Os militares conseguiriam intervir sem disparar um
único tiro, ou o sangue de nossos compatriotas - de esquerda ou de
direita - seria derramado em nossa própria terra?
Sabe-se que as coisas chegaram ao nível
em que estão, de uma forma gradual, com a colaboração de nossa própria
passividade. Ao longo desses anos permanecemos quietos em nossas casas,
gozando de nosso conforto e assistindo do sofá a destruição de pilares
como patriotismo, família, honestidade e honra. Se houvéssemos nos
mobilizado para que o país não fosse dominado pelas mesmas pessoas que
tentaram destruí-lo no passado, não estaríamos agora discutindo uma
questão tão grave. Creio que a maioria aqui concorda que permanecemos
numa espécie de letargia enquanto os inimigos da liberdade agiam com
grande velocidade.
Imaginemos que o Supremo Tribunal
Federal, alertado pela multidão, chegue a mesma conclusão que os
manifestantes e convoque as Forças Armadas para intervir, fechando o
Congresso e prendendo a Presidente. O que virá a seguir? Serão tempos de
paz ou de guerra?
Sem entrar em muitos detalhes, abaixo há uma visão panorâmica apenas dos primeiros dias após uma suposta intervenção.
Uma tropa do Exército cercaria
silenciosamente o palácio do Planalto e prenderia e Presidente Dilma,
seria mantida em prisão domiciliar até que fosse julgada. Alguém
avisaria a imprensa e a notícia se espalharia pela internet como um
rastilho de pólvora.
Instantaneamente a Força Nacional será acionada pelo Poder
Legislativo, essa força cercaria o Congresso rapidamente e tentariam
impedir que os militares federais assumissem o controle da instituição.
Alguns estados que possuem governos fieis ao governo federal, como a
Bahia por exemplo, acionarão suas polícias militares e estas serão
colocadas de prontidão, guardando as instituições públicas, como palácio
do governo e Assembleias Legislativas. Alguns comandantes de quartéis
de polícia hesitarão, bem como alguns oficiais de menor patente, e
certamente haverá quebra de hierarquia em várias instituições pelo
Brasil afora.
As associações de policiais também escolherão um ou outro
lado e certamente haverá muita confusão entre oficiais e praças.
Sindicatos fieis ao governo paralisarão meios de transporte, refinarias e
sistemas de comunicação, e os militares não teriam gente suficiente
para suprir essas lacunas nos primeiros dias do caos. Logo faltaria
alguns ítens básicos.
O Movimento dos Sem Terra, Sem Teto, CUT e
partidos radicais como o PSTU, fieis ao governo, se levantarão e
colocarão em prática suas táticas de guerrilha urbana há muito estudadas
no manual de Mariguella e outros similares. Estudantes das
universidades federais filiados aos Diretórios estudantis se aliarão a
estes militantes de esquerda e marcharão nas grandes cidades, promovendo
vandalismo e quebradeira.
Nas áreas rurais redes de energia seriam
sabotadas para desestabilizar o governo próvisório, o governo talvez se
sentisse forçado a intervir na internet para freiar a organização dos
apositores. Outras medidas autoritárias se seguiriam ao ato para evitar
que a esquerda novamente manipule a sociedade, e rapidamente parte da
população, ainda nos primeiros dias se somaria àqueles que se posicionam
contra os militares, engordando mais ainda as manifestações nos grandes
centros.
As forças armadas reprimirão as
manifestações, mas como certamente haverá policiais e agentes de
segurança ainda fieis ao governo em meio aos insatisfeitos, haveria
feridos e mortos de ambos os lados. É quase certo que o Brasil
enfrentaria um longo período de caos generalizado, talvez muitos meses.
Centenas, talvez milhares de pessoas morreriam nos primeiros embates
entre forças armadas e aliados do governo destituído. Os manifestantes
recuariam, mas não desistiriam. Se armariam melhor, e melhor organizados
e com o apoio de militares desertores e de países aliados do governo,
como Cuba e Venezuela, reagiriam de forma sistemática.
Da mesma forma que no passado, militantes
de esquerda se organizariam em grupos de guerrilha urbana, usariam até
nomes de grupos do passado, como MR8 etc. Com ataques surpresa e ações
do gênero essas pessoas espalhariam o terror nas noites das grandes
cidades. Hoje ha maior facilidade em se adquirir armas clandestinas, sem
contar as que ja existem nas mãos do crime organizado, isso tornaria as
coisas mais difíceis ainda.
Paro por aqui, mas creio que deu pra ver
que uma "intervenção" não é algo tão simples assim. Nosso país é enorme,
complexo, pluripartidário e repleto de ONGS e Grupos de esquerda
apoiados pelo governo federal. Seria uma situação complexa demais,
deve-se evitar que ocorra, a todo custo.
Gente, eu não gostaria de ver milhares de
brasileiros mortos em uma guerra civil. Sabemos que já salvamos o
Brasil uma vez, indo para as ruas. Podemos sim tentar de novo, mas
talvez haja tempo para que isso seja realizado pela via democratica.
Vão mesmo para as ruas, peçam urnas convencionais na manifestação. Carreguem faixas dizendo Fora Dilma, abaixo o PT. Acampem na Avenida Paulista até que se aprove o retorno do voto convencional. Lembram
do "ocupa wall street"? Vocês tem muito poder. São pessoas lícitas,
dignas e esclarecidas. Creio que as manifestações do dia 22 próximo
serão muito válidas para mostrar que a situação já chegou no limite do
suportável. Se forem inteligentes poderão salvar o futuro do nosso país.
Essa semana, aqui mesmo nesse site, lemos um artigo no qual um General de Brigada convoca
a sociedade a se manifestar e expressar sua insatisfação, não há fraude
ou governo corrupto que resista à ação da sociedade mobilizada,
insistindo em mudanças em torno de ideais lícitos. Como disse um líder
preso recentemente na Venezuela, quem se cansa perde. #ElQueSeCansaPierde.
Você já sabe o que vai pedir no dia 22?
*Robson.A.S - Http://sociedademilitar.com.br
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