BANALIDADE DO MAL.
Nem Hanna Arendt, em sua tese "Banalidade do Mal", conseguiria absolver o
simulacro de ser humano que é o coronel reformado Paulo Malhães. Ainda
que ele fosse "apenas" um elo final, cumpridor de ordens, o requinte de
detalhes na execução da sua, digamos, tarefa, excede o mais sinistro
carrasco nazista. Não bastasse a tortura a que foi submetido o deputado
Rubens Paiva, as seguidas violações de seus restos mortais, não encontra
similar, mesmo entre os povos mais primitivos do planeta. Faz-se
imprescindível a desaprovação pública de militares honrados, que não
compactuaram com esta barbárie, que é uma triste exceção a imagem que a
nação preserva das Forças Armadas.
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Coincidências.
Coronel PauloMalhães
Saddan Hussein
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