"Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo..." 27/02/2014
COMPROMISSO IMORTAL
Mensagem a Joaquim Benedito Barbosa Gomes
Prezado compatriota JOAQUIM BARBOSA,
Permita-me
a ousadia de, neste início de mensagem, dispensar as habituais
referências aos seus inúmeros e importantíssimos títulos, cargos e
funções. É que, preliminarmente, pretendo dirigir-me apenas ao cidadão
brasileiro nascido JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES, cuja vitoriosa
trajetória de vida enobrece e dignifica a nossa pátria, ao mesmo que
revela o seu imenso valor como ser humano.
Homem de altíssima cultura, gostaria de lembrar-lhe o chamado “COMPROMISSO IMORTAL”.
Vale recordar. Nos idos de 1645 o nordeste brasileiro se rebelava
contra a dominação holandesa. Tropas luso-brasileiras enfrentavam as
poderosas e superiores forças invasoras. Delineava-se o surgimento do
Brasil como nação independente. Configurava-se o perfil majestoso do
nosso povo. Brancos comandados por João Fernandes Vieira/Antonio Dias
Cardoso (portugueses) e André Vidal de Negreiros (brasileiro); negros
liderados por Henrique Dias e os indígenas de Felipe Camarão, unidos na
pluralidade racial que forjou a brava gente brasileira, expulsaram o
invasor holandês nas duas memoráveis batalhas dos Montes Guararapes.
Pouco antes, em 23 de maio de 1645, na localidade de Ipojuca, os líderes
da Insurreição Pernambucana, haviam assinado um documento denominado COMPROMISSO IMORTAL onde, pela primeira vez, foi usada em nosso país a palavra “pátria”:
COMPROMISSO IMORTAL, 23 DE MAIO DE 1645
“NÓS,
ABAIXO ASSINADOS, NOS CONJURAMOS E PROMETEMOS EM SERVIÇO DA LIBERDADE
NÃO FALTAR A TODO O TEMPO QUE FOR NECESSÁRIO, COM TODA AJUDA DE FAZENDAS
E DE PESSOAS, CONTRA QUALQUER INIMIGO, EM RESTAURAÇÃO DE NOSSA PÁTRIA;
PARA O QUE NOS OBRIGAMOS A MANTER TODO O SEGREDO QUE NISTO CONVÉM. SOB
PENA DE QUEM CONTRÁRIO FIZER SERÁ TIDO COMO REBELDE E TRAIDOR E FICARÁ
SUJEITO AO QUE AS LEIS EM TAL CASO PERMITAM”.
Assinam: 18 líderes patriotas.
Ontem, dia 27 de fevereiro, estarrecido, assisti o voto do Presidente
do Supremo Tribunal Federal no julgamento dos embargos infringentes da
ação penal 470. A expressão de V. Excia era, visivelmente, um misto de
tristeza, desapontamento e revolta. O alerta à nação do Presidente de um
dos Poderes da República, tenho convicção, calou fundo em milhões de
brasileiros inconformados com os atuais quadros dirigentes do país. É
provável que esta mensagem seja apenas mais uma entre as inúmeras que
diariamente são dirigidas a V.Excia. É possível que nem sequer chegue ao
destinatário. Mas, como o pássaro que tenta apagar o incêndio na
floresta, estou fazendo a minha parte.
A nação - e agora me dirijo novamente ao cidadão Joaquim Barbosa - é
uma nau desgovernada em águas revoltas. O grupo dominante encastelado em
praticamente todos os setores da vida nacional está conduzindo o nosso
país ao caos econômico, político e social. Nem sequer nas urnas
eleitorais podemos confiar. Os movimentos sociais logo se transformarão
em milícias bolivarianas. Ao menos, para isso estão se preparando em
áreas específicas de treinamento. As Forças Armadas, mantidas a
distância do poder, assediadas diariamente por campanhas difamatórias e
compromissadas com as suas missões constitucionais, agirão, apenas,
dentro da Lei.
Os políticos de oposição, em sua maioria, pouco diferem do modelo
brasileiro: oportunistas, carreiristas, desonestos, despreparados,
incompetentes, fisiológicos e descompromissados com os destinos do país.
Entre os brasileiros esclarecidos, a nossa classe política é altamente
rejeitada. Daí a pouca credibilidade dos candidatos de oposição. Já os
atuais detentores do poder, respaldados pelo maior estelionato eleitoral
de que se tem notícia, transitam tranquilos na certeza da vitória.
Milhões de brasileiros carecem de uma liderança que represente o seu
desejo de mudar esse país. Uma enorme parcela do povo brasileiro anseia
pela renovação dos quadros dirigentes. É fácil perceber o perfil ideal
de um novo líder nacional: honesto, competente, patriota, guerreiro, com
raízes populares e político não profissional.
O cidadão Joaquim Barbosa, pelos importantíssimos serviços prestados ao
país, poderia, com louvor, assumir essa liderança por melhores dias
para o Brasil. Certamente que nada de novo há na minha mensagem. Sei que
a missão é árdua e espinhosa. Mas, absolutamente, não é uma missão
impossível. Juntos, apagaríamos o incêndio na floresta.
Assim, tendo como fulcro o COMPROMISSO IMORTAL de 1645, apelo ao meu
compatriota JOAQUIM BARBOSA, que hoje simboliza a grandeza, competência e
honestidade dos verdadeiros brasileiros, para que ASSUMA a liderança
dos compatriotas que clamam por mudanças em nosso país e, juntos, como
no passado, expulsaremos o invasor.
Sérgio Pinto Monteiro - professor/auditor (aposentado)
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil
Membro da Academia Brasileira de Defesa
mtgo50@bol.com.br
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