"O
sistema de governo mais perfeito é aquele que produz a maior quantidade de
felicidade possível, maior quantidade de segurança social e maior quantidade de
estabilidade política." (Simon Bolívar, em 1830).
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Quem manda no Brasil? Lá fora, o consenso é
que o poderoso chefão do Brazil se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é o
Presidentro. Dilma Rousseff, que se proclamou “Presidenta”, embora se comporte
como uma “Presidanta”, não passa de uma “matrioshka”. Dilma é fofa como aquela
bonequinha russa. Disfarce perfeito para uma marionete comunista arrependida,
convertida a um socialismo moreno, bolivariano, neobrizolista, refém dos
camaradas do Foro de São Paulo. Lula manda, Dilma obedece, mas ambos são agentes
parceiros da Oligarquia Financeira Transnacional que coloniza o Brasil.
“O Brasil que se deseja para o futuro está
sendo construído no presente”. Este slogan, adotado pelo “Fórum Brasil Diálogos Capitais”, promovido pela revista Carta Capital, é o nosso atestado de óbito
nacional antecipado. O evento reunirá a nata do Socialismo Fabiano, nos dias 18
e 19 de março, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Se aquilo que o Brasil
constrói agora será o nosso futuro, com certeza, a perspectiva é tenebrosa. O
futuro será uma merda. Nossa história se repetirá como a velha farsa de sempre.
E o Capimunismo Tupiniquim segue adiante...
Precisamos mudar! Por isso, vale a pena dar
uma relida atenta no artigo “Limitações de visão estratégica”, escrito pelo
administrador de empresas Luiz Antônio P. Valle, publicado neste Alerta Total
em 6 de março. O autor chama atenção de que o Brasil está jogando errado e
ficando de fora do grande jogo mundial. Valle lembrou que, no final da década de
60, e inicio de 70, dos países do BIRC, o Brasil era o que apresentava, junto
com a URSS na época (em versão menor a atual Rússia), a melhor situação:
“Crescia economicamente a taxas elevadas,
possuía um parque fabril bem instalado, desenvolvia tecnologia, detinha
controle sobre os ativos estratégicos (telecomunicações, petróleo, mineração,
energia, bancos, etc), tinha uma pujante indústria bélica em desenvolvimento e
Forças Armadas respeitadas em todo o continente. Não se vislumbrava no
hemisfério sul rival a altura”.
Valle
provoca, com uma pergunta autorespondível: “Qual o quadro atual? Todos sabem.
Pelos frutos se conhece a árvore. China, Rússia e Índia tem hoje uma economia
forte, mas o mais importante, capacidade bélica de dissuasão às pretensões
contrárias, capazes de defender seus interesses estratégicos e ter sua opinião
ouvida e respeitada nos fóruns internacionais. Não estão de joelhos, submissos.
E o Brasil, como está?”.
A
resposta é o princípio do nosso fim como País soberano – que a cada dia fica
difícil de chamar de “Nação”. Qualquer um constata que a “Nação Rubronegra” ou
a “Nação Corinthiana” têm mais unidade que o Brasil – lugar desgovernado, cada
vez mais perdido em seus conceitos, princípios e fins. Assim, no jogo
globalitário, o Brasil vai se consolidando como a colônia de exploração mantida
artificialmente na miséria pela Oligarquia Financeira Transnacional, embora
seja uma terra rica em recursos naturais, alimentares e até humanos.
Desenvolvem-se
países
que fizeram uma opção pela soberania, segurança, educação e
produtividade, com geração de renda e consequente bem estar e consumo,
que
indicam crescimento real. O Brasil não se desenvolve e nem cresce com os
outros. O motivo é simples. Aceitamos fazer a opção política e
estratégica
equivocada. Os discursos acadêmicos, tecnocratas e dos corruptos
políticos
prometem o “País do futuro”. Nossa prática nos coloca na vanguarda do
atraso. Matamos o tempo, e o tempo nos enterra, no País das Marmotas...
O
Brasil das Marmotas sofre da chamada “doença do amanhã”. O mal consiste na crença prometida,
no discurso vazio, de que, no futuro, vamos resolver tudo, enquanto, no
presente, nada fazemos para solucionar problemas surgidos há um longo passado. Psicossocialmente,
temos dificuldade em viver o momento presente, da melhor, mais correta e
verdadeira forma possível. Nosso jogo se baseia em apostas inseguras, ilógicas
e fanáticas – e não em resultados concretos, palpáveis, obtidos passo a passo,
dia a dia.
O
Brasil é um País de mentira. Juramos e perjuramos com a mesma facilidade
lúdica. Odiamos assumir compromissos e cumpri-los, fielmente. Objetivos reais?
Metas verdadeiras? Planejamento Estratégico? Organograma? Cronograma? Somos
péssimos nestes quesitos básicos para a atividade Política – que consiste na
definição do que se deseja fazer. Talvez seja por tal deficiência que, em pouco
mais de 500 anos de História, ainda não formulamos, claramente, um “Projeto de
Nação”. O vírus nos sacaneia: “Amanhã seremos, estaremos, faremos”...
Sobrevivemos
em permanente clima de fanáticos torcedores, por alguma coisa ou alguém... Assim,
entramos de gaiato no jogo dos derrotados. O carnaval está acabando... Se nossa
escola de samba venceu ou não pouca diferença faz... O negócio foi polir a
máscara da mentira e rasgar a fantasia. Daqui a pouco vem a Copa da Fifa. Vamos
torcer por um “Brasil”. A tal Pátria de Chuteiras. Isto nos dá ilusão de ser
“Campeão do Mundo”. Ganhando ou perdendo, “praianinha vou bebendo”... Porre de
felicidade se vencer. Ressaca de tristeza se perder. E deixamos a vida nos
levar – como definido no Primeiro Teorema de Zeca Pagodinho.
Depois
vem a eleição. A torcida vai à loucura. Transforma os partidos em times de
futebol. Os políticos entram em campo. Uns, como craques, a maioria, como
pernas-de-pau. Ruins de bola mesmo são as ideologias. Seus radicalismos tomam
conta das arquibancadas imaginárias. O pau vai quebrar no teatro virtual.
Galeras organizadas e bem pagas partirão para destruir seus inimigos. Enquanto
os programas nada gratuitos de rádio e tevê venderão promessas enganosas, os
artistas da politicagem sairão às ruas ou invadirão nossos lares, computadores
e smartphones com o pedido de voto – obrigatório, em nossa ilegítima ditadura.
O
resultado final será o de sempre. Não importa quem ganhe. Se for a atual quadrilha
que promove a festança nada santa o ano inteiro, a cada mandado que os otários
lhes dão de presente compulsoriamente, a situação de atraso do Brasil tende a
avançar ainda mais. Se entrar um novo grupo, que mantenha praticamente a mesma
filosofia antiprodutiva e a política econômica que sempre tivemos ao longo da
história, pouco vai se alterar. O Brasil parece condenado a seguir na mesma
escatologia. Não é à toa que somos especialistas no cultivo e estudo
aprofundado da mesma merda de sempre...
Para
sair dessa situação, não basta apertar o botão da descarga. Como pecamos na
infraestrutura, a merda vai se espalhar e infectar ainda mais o ambiente. A
limpeza precisa ultrapassar a mera estética e atingir as raias da estrutura. O
modelo mental do brasileiro precisa ganhar foco em resultados reais e
compensadores. As pessoas de bem, que querem sinceramente o bem comum,
independentemente de ideologias de torcidas organizadas, precisam se unir a grupos
abertos a se juntar a outros com os mesmos propósitos de melhorar um lar, um
condomínio, um bairro, uma cidade, uma região, um estado, para, enfim, chegar a
construir e melhorar uma Nação.
Novamente,
esbarramos em uma deficiência da nossa “torcida”. A maioria esmagadora acha que
as coisas só vão para frente se houver um líder para conduzir a grande massa...
O problema democrático brasileiro sempre residiu nesta ilusão institucional...
Delegamos a algum líder, o “Salvador da Pátria”, aquilo que deveria ser a
tarefa de cada um, capaz de formar uma corrente de união... O tal “liderança de
araque”, quando chega ao poder, cuida dos interesses dele e de seu grupo
próximo. Logo se esquece do bem comum. E luta, com todas as armas e recursos,
para permanecer onde está. Assim, repetimos o ciclo do cachorro que corre atrás
do próprio rabo, até cansar ou morrer...
Temos
cura? Do jeito que a coisa vai, parece que temos curra... O remédio é
complicado... De imediato, o paciente precisa perder a paciência e provar que deseja
mudar... Tomando uma dose cavalar de vontade política, e unindo-se a outros com
a mesma disposição, até formar uma grande corrente de união, vamos partir para
as soluções fundamentais: Legitimidade, Ordem Pública, Segurança, Educação,
Produtividade, Infraestrutura e Renda, para que possamos atingir os objetivos
fundamentais: soberania, progresso, paz social, democracia, integridade do
patrimônio e integração nacional.
Um
país só se torna potência mundial se seu povo entender que é preciso seguir tal
receita. O Brasil tem tudo para ser uma potência. Basta ter vontade política
para tal. Temos recursos naturais (principalmente água, minerais estratégicos e
potencial energético). Temos a maior capacidade mundial de produzir alimentos.
Temos um povo euroafroameríndio com capacidade criativa e potencial de estudo e
trabalho (se superarmos a narcodependência das bolsas vagabundagem).
Para
sermos potência, além da vontade, só precisamos de Forças Armadas com real e
efetiva capacidade bélica de dissuasão. Infelizmente, estamos reprovados no
quesito. Tudo graças à sabotagem ideológica e orçamentária promovida pelos
agentes conscientes dos verdadeiros inimigos do Brasil. A oligarquia financeira
transnacional, que controla a economia mundial, só nos quer como colônia de
exploração, e não como parceiro de decisões no jogo de poder global. Nossos
militares já conhecem o inimigo real. Mas estão aparentemente neutralizados por
ele e seus marionetes políticos internos.
Remover
a quadrilha do crime organizado do poder é uma tarefa urgente. Os bandidos
farão o diabo para permanecer onde estão. O jogo reeleitoreiro vai ser imundo.
Mas quem tem a intenção de promover a limpeza institucional jamais pode se
portar como freira no interior do prostíbulo. Não basta discurso moralista para
retirar os elementos criminosos do poder, substituindo por outros que farão a
mesma coisa. A petralhada não é o inimigo. Os petralhas são meros agentes do
inimigo real.
A
arma mais imediata contra o inimigo e seus agentes é a Legitimidade. Legítimo é
aquilo que favorece, ao mesmo tempo, o interesse público, respeitando os
direitos individuais. Tudo que fugir desta regra básica tem de ser combatido.
Não pode ser aceito! Só uma “Cadeia da Legitimidade” pode implantar a República
no Brasil. A Legitimidade é a base para permitir um equilíbrio constitucional
que conseguirá aprimorar os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. A
Legitimidade punirá o crime, combatendo o crime na raiz.
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