sexta-feira, 21 de junho de 2013

MANIFESTO - O GRITO DO POVO

MANIFESTO

Junho 2013

Saudações
Peço sua atenção ao Manifesto da Loja Maçônica Presidente Roosevelt.
Cientes e comprometidos com nossa nação, os Obreiros honram a divisa do brasão da Oficina: Liberdade e Democracia.

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O grito do povo

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição (grifamos). (Artigo 1º, parágrafo único da Constituição da República Federativa do Brasil).

Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (artigo 5º, inciso XVI da Constituição da República Federativa do Brasil).

Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (artigo 3º, incisos I a IV da Constituição da República Federativa do Brasil).

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...(grifamos). (Artigo 37, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil).

O Brasil vive um dos mais importantes momentos de sua história. Verdadeira oportunidade de revisão profunda da condição de cidadão brasileiro. O que se vê com a onda crescente de protestos nas nossas principais cidades é muito mais do que a reação ao aumento das tarifas de ônibus. Assistimos à exaustão da paciência da população com o teatro criado pelo poder iludindo o povo de que o país vai muito bem, obrigado.

O movimento das ruas expõe nossas entranhas, nossa verdadeira imagem como sociedade que quer evoluir e que possui, sim, valores éticos, tem esperança e acredita que possa caminhar e construir um futuro sem a tutela dos governos de plantão. Imagem oculta, há tempos, pela hipocrisia, pela mentira e pela defesa de interesses partidários e pessoais, em detrimento do Brasil como ideal, da República e do Estado como meios e da própria gente como destinatária única do bem comum e, porque não dizer, da felicidade.

Chegamos a um ponto em que o governo não mais consegue fingir que nada acontece, ou que somente acontecem coisas boas neste país. A população percebeu que é chegada a hora de sacudir a poeira do desmando, de desbancar a corrupção generalizada, de desmascarar as mentiras em todas as esferas de poder e de criar bases para um país decente, justo e bom de se viver. Justo e bom de se viver verdadeiramente, e não só na leviana propaganda oficial.

Os protestos desnudaram uma realidade sóciopolítica até então camuflada no Brasil pelo poder e seus agentes de divulgação. As redes sociais, essa nova plataforma de mobilização de pessoas, rápida, eficiente e em tempo real, pegou de surpresa os governos e os políticos. Os homens públicos estão despreparados para essa nova face da democracia e ficaram estupefatos por ver que o povo tem voz e, às vezes, mais forte do que as deles.

A classe política, pilhada dia a dia no sinistro banquete da riqueza nacional que só exaure as forças produtivas do país – tendo por especiais convivas os financiadores de campanhas, antigos e recém-chegados –, neste momento encolhe-se ou sai de cena. E não era de se esperar algo diferente.

Enredada em seu projeto de poder, não deixa outra impressão senão a de que aguarda o momento em que, de modo oportunista como é de seu feitio, aboletar-se-á cinicamente no genuíno movimento popular para tirar o inconfessável proveito pessoal e partidário que lhe convenha.

Ou talvez pacientemente só aguarde que as manifestações arrefeçam ou pareçam-lhe encerradas para voltar sua total atenção ao costumeiro balcão de negociatas. Da classe política, num momento crucial como este, vê-se somente mais do mesmo.

Por isso não é possível esperar que nossos (supostos) representantes liderem as mudanças em prol do interesse nacional. Está claro que os legítimos donos do poder é que têm de mostrar que a empulhação política praticada em todo o espectro partidário nacional, da situação à (suposta) oposição, não é mais tolerável.

Não dá mais para esconder o quanto vivemos uma farsa de publicidade institucional.

O cidadão brasileiro sofre com a elevação geral dos preços e ameaça de inflação descontrolada em razão de pura irresponsabilidade do governo federal, juros altos, administração da pobreza (e não sua erradicação), educação precária, sistema de saúde agonizante, transporte público ineficiente, insegurança para andar nas ruas ou para ficar em casa, leis penal e processual penal fora da realidade, impunidade, drogas; morosidade no julgamento do mensalão; manobras do governo federal para barrar o registro de um novo partido; a PEC 37 tentando retirar do Ministério Público sua função de investigação; a PEC 33 tentando submeter as decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso Nacional; o presidente do Senado em seu posto, a despeito de um milhão e meio de assinaturas contra; o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados igualmente em seu posto, apesar dos candentes protestos; corrupção ativa e passiva em todos os níveis; gastos públicos injustificáveis com estádios – a maioria deles em cidades sem qualquer tradição esportiva; ausência quase total da prometida e propalada infra-estrutura que permaneceria em benefício das cidades-sedes da Copa do Mundo de futebol; falta de representatividade dos políticos; tudo isso e muito mais provocaram a descrença do povo.

A juventude nas ruas mostra ao mundo uma nova cara do cidadão brasileiro. E ainda que esmagadora maioria, não são só eles, os jovens, que estão nas ruas. Pais e mães de família e adolescentes encorajam-se a manifestar-se.

Nova também é a postura política dos manifestantes. Eles põem em cheque as articulações, como partidos, sindicatos, sociedade civil organizada e até a mídia tradicional, revelando a clara insatisfação com as instituições e com a democracia representativa via partidos políticos.

A onda de protestos vinda das mídias sociais ganhou força e irrompeu a semente de um novo modelo na jovem democracia do Brasil, sabiamente resguardado pela Constituição Federal: a democracia direta, vinda do povo que, pressionado, mobiliza-se horizontalmente, sem ideologias e partidos políticos.

A democracia é um aprendizado constante. O próximo caminho será a inevitável aproximação dos políticos e das agremiações partidárias com o cidadão comum que está nas redes sociais e nas ruas.

Caminhamos rumo à maturidade da cultura política do país.

Portanto, como maçons – homens livres e de bons costumes –, congregados na Augusta e Respeitável Loja Simbólica Presidente Roosevelt, 025, na Grande Loja Maçônica de Minas Gerais de quem somos jurisdicionados, e na Maçonaria Universal, também nós nos manifestamos a favor do exercício da plena democracia e pelos direitos individuais e coletivos, repugnando, entretanto, todo abuso, desvio ou excesso que possam redundar em violação desses mesmos direitos.

Indignamo-nos com a ausência de respostas de quem deveria oferecê-las.

Omitir-se das decisões graves tem o mesmo significado, e consequências, de exceder-se no exercício do Poder. A Maçonaria, como sentinela da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, não se omite em momento de tão alta gravidade nacional.

Manifestamo-nos, portanto, em apoio ao movimento democrático de 2013, e rogamos aos governantes e demais agentes políticos de todos os poderes da República que cumpram seu irrecusável papel na solução das feridas e dos clamores da sociedade brasileira.

A Loja Maçônica Presidente Roosevelt, por fim, em defesa dos princípios democráticos, solidariza-se e faz ombro a ombro com as manifestações ordeiras e pacíficas que traduzam o legítimo anseio de criar e habitar uma Nação que espelhe o que haja de melhor na índole brasileira, e seja de fato confiante diante de si mesma e respeitável aos olhos do mundo.
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3 comentários:

  1. Bundões! Maçons de merda, de fachada vcs são parte do ESQUEMA DA CORRUPÇÃO que o odiga o SENADOR MOSARILDO CAVALCANTI...
    VCS QUEREM É APARECER COMO "BONZINHOS MAS ~SAO OS QUE AGEM NAS SOMBRAS EM PROL DA SAFADEZA, SÃO LITERALMENTE ADORADORES DO DIABO.

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    1. Você tem razão, uma maçã, uma batata podre no meio das outras compromete todas as demais,você citou o Mozarildo, eu diria outros como Tião Viana PT , Ministro José Eduardo Martins Cardozo PT, Michel Themer PMDB, Paulo Maluf PP, Orestes Quércia PMDB e Mário Covas PSDB(falecidos). Tem também o Alvaro Dias PSDB(?) Alex Canziani PTB(?)José Roberto Arruda DEM.Nelson Marquezelli PTB, Orlando Pessuti PMDB, etc...
      Esses são em minha opinião maçons alpinistas, OS VERDADEIROS BICHOS DA GOIABA. Deve ter outros.

      Não se pode julgar uma instituição por conta de uns, porque muitos deles provavelmente nem estão mais participando da maçonaria.

      Veja uma lista parcial de maçons ilustres :

      http://www.lojasaopaulo43.com.br/ilustres.php#brasil

      http://www.lojasmaconicas.com.br/macom/famousbr.htm

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  2. Maçonaria e máfia é a mesma coisas, vãosifu!!

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