segunda-feira, 26 de novembro de 2012

APAGÃO ENERGÉTICO


Agora, o governo estuda um plano de emergência para enfrentar a falta de combustível no final do ano (pode haver até racionamento) e, ao mesmo tempo, sucedem-se apagões em diversas regiões do país, que a presidente Dilma Rousseff insiste em chamar de apaguinhos. Nos dois casos, são resultados de períodos anteriores de ineficácia e falta de planejamento. O lado curioso – se é que pode ser chamado assim - é que, nos dois períodos do governo Lula (exceção feita à época em que comandou a Casa Civil e virou a mãe do PAC), a ministra de Minas e Energia era a atual Chefe do Governo, que permaneceu na presidência do Conselho da Petrobrás até quando estava na Casa Civil.(Giba Um)
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Por que  isso  pode acontecer? 

O acúmulo de 41 poços secos ou subcomerciais em apenas três meses, como reportado pela Petrobrás em relação ao segundo trimestre do ano, é raro e demonstra, caso a quantidade seja confirmada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um erro estratégico [1], avalia o geólogo Carlos Jorge Abreu, da Universidade de Brasília (UnB).


De acordo com o balanço trimestral divulgado na sexta-feira passada, os gastos de R$ 2,7 bilhões que a Petrobrás teve de abril a junho deste ano com os poços improdutivos contribuiu para o prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão no período. Desde o primeiro trimestre de 1999 que a empresa não tinha prejuízo.

Para o especialista da UnB, os resultados negativos dos 41 poços devem ter sido acumulados nos últimos anos [2]. A Petrobrás nega que isso tenha acontecido [3].

Na explanação a analistas, investidores e jornalistas realizada anteontem, a presidente Graça Foster e o diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli, relataram que os poços foram perfurados entre 2009 e 2012, mas só no trimestre houve a conclusão de que a busca por óleo e gás deveria ser encerrada [4]. "41 é uma quantidade muito grande. Os poços vão sendo furados aos poucos. É estranho tanto poço seco assim. Se for isso mesmo, é ruim, porque demonstra uma falha de estratégia", afirmou Abreu, ex-geólogo da Petrobrás.


Um outro geólogo ouvido pelo Estado, que pediu para não ser identificado por trabalhar para empresa terceirizada pela Petrobrás, também fala da incredulidade dos especialistas em relação a tantos poços secos. Nunca, segundo ele, registraram-se tantos poços sem condições de comercialização. [5]

[1] Não acho que tenha sido um erro estratégico. Parece que os poços já estavam secos e que somente agora a empresa efetuou a baixa contábil. Se isto for verdade, o nome para isto é fraude contábil
[2] Esta é a hipótese mais provável
[3] A empresa irá negar, pois isto caracterizaria fraude contábil.
[4] É muito estranho que isto tenha ocorrido de maneira acumulada. Geralmente a mudança de gestão de uma empresa tende a conduzir a um aumento nas baixas contábeis. Mas a atual gestão já está na empresa há meses.
[5] Se isto for verdadeiro indicaria que a empresa manipulou os dados contábeis
 

Voce  poderá  ler  reportagem  completa aqui  em

CONTABILIDADE FINANCEIRA 

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Se as  coisas  continuarem desse  jeito, logo, logo  a  PF  chega  lá  també.

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