Analfabetismo volta a crescer no Brasil, aponta Pnad
Taxa de analfabetismo entre pessoas com
15 anos ou mais foi estimada em 8,5%, o equivalente a 12,7 milhões de
pessoas. Em 2011, esta taxa era de 8,4%, ou de 12,4 milhões
27/09/2013 | 10:33 Agência Estado
Apesar
dos esforços do governo para aumentar o acesso à educação, o
analfabetismo cresceu no Brasil pela primeira vez em 15 anos, um aumento
de aproximadamente 300 mil pessoas entre 2011 e 2012, de acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) divulgada nesta
sexta-feira pelo IBGE.A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais foi estimada em 8,5%, o equivalente a 12,7 milhões de pessoas. Em 2011, esta taxa era de 8,4%, ou de 12,4 milhões. Essa é a primeira vez em 15 anos que a taxa voltou a subir.
*Este é o resultado de sistema de educação equivocada adotado por um governo analfabeto de pai e mãe.
O dado surpreendeu o próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vinha apontando uma redução no analfabetismo nos últimos anos.
"A tendência era de queda e, agora, houve um pequeno acréscimo. Temos que estudar um pouco mais e analisar melhor para ver o que está acontecendo", disse a jornalistas a pesquisadora do IBGE Maria Lúcia Vieira.
O analfabetismo no Brasil se concentrou na faixa etária entre 40 e 59 anos. Nesse intervalo de idade, o analfabetismo passou para 9,8%, ante 9,6%, segundo a pesquisa.
Por regiões, o IBGE detectou que o analfabetismo cresceu no Nordeste e no Centro-Oeste. As taxas passaram de 16,9 para 17,4% e de 6,3 para 6,7%, respectivamente.
O analfabetismo tem endereço certo no Brasil: está na população mais velha, a maioria é mulher e boa parte está no Nordeste. A médio e longo prazo esse estoque deve diminuir", afirmou Maria Lúcia, ao destacar que o Nordeste concentrava no ano passado 54 por cento dos analfabetos do país.
No Norte, uma das regiões mais pobres e de mais difícil acesso, o analfabetismo caiu de 10,2 para 10% das pessoas com 15 anos ou mais. No Sudeste, a taxa ficou estável em 4,8%, e no Sul, recuou de 4,9 para 4,4%, segundo a Pnad.
A pesquisa mostrou ainda que o analfabetismo funcional caiu de 20,4 para 18,3%, segundo o IBGE. No ano passado, o Brasil tinha 27,8 milhões de analfabetos funcionais.
A Pnad verificou ainda que o tempo médio de estudos no Brasil subiu de 7,3 para 7,5 anos e que a taxa de escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos ficou em 98,2 por cento em 2012, mesmo patamar de 2011.
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