sábado, 8 de fevereiro de 2014

DILMA E O FUTURO

DILMA E O  FUTURO
Carlos Chagas
Dizem os cultores da astrologia que o inferno zodiacal acontece no período de um mês anterior ao aniversário das pessoas. A presidente Dilma aniversariou em dezembro, logo não deveria estar, em fevereiro, enfrentando crises e percalços variados. Mas está. Observadores descompromissados concluem viver a chefe do governo um período amargo e perigoso. Capaz de perturbar seu futuro e embaralhar as cartas políticas já postas sobre a mesa.

Traduzindo: já não há tanta certeza de que Dilma vencerá tranquilamente a eleição de outubro ou, mesmo, que sua candidatura ao segundo mandato está garantida.
As próximas pesquisas poderão revelar surpresas, apesar dos baixos índices de seus adversários. A verdade é que a companheira enfrenta um inferno zodiacal fora de época.

Começa que as manifestações de rua continuam, seja em protesto aos gastos com a Copa do Mundo, seja diante dos sofríveis serviços públicos que autoridade alguma, federal, estadual ou municipal, conseguiu aprimorar. A tendência é que aumentem.

Do apagão não haverá que falar, atingindo onze estados um dia depois de o ministro Lobão sustentar que o risco era zero de faltar luz no território nacional. Pior ficou o quadro quando a presidente mandou liberar bilhões para atender as empresas contratadas para gerar e distribuir energia. Exigência, pressão ou chantagem por parte do setor que vem deixando de cumprir suas obrigações?

Mas tem mais. A reforma do ministério está sendo um desastre. Dilma conseguiu acirrar os ânimos no PMDB sem a contrapartida de pacificar outros partidos. Ofendeu Eunício Oliveira convidando-o para ministro da Integração, quando até as pedras do Ceará sabem que o senador é candidatíssimo ao governo do estado, liderando todas as pesquisas. Ainda mais porque o convite foi feito para agradar o governador Cid Gomes, que busca outro candidato. Resultado, entre outras indefinições: o PMDB decidiu não indicar ninguém, sequer participando das reuniões de líderes do governo. O vice-presidente Michel Temer está agastado pela pouca atenção que lhe é devida.

Apesar de haver contentado o PT com a nomeação de quatro ministros saídos dos seus quadros, ela sabe muito bem não contar com a simpatia da maioria do partido. Cada vez mais os companheiros tentam passar de liderados a condôminos, imaginando-se tutores.

Outra característica da presidente, acentuada nos últimos dias, está sendo sua irritação no trato com auxiliares. Dia sim, outro também, explode, afirmando que demitirá este ou aquele assessor ou ministro, para esquecer a decisão horas depois, apesar de ouvida por quantos se encontrem à sua volta.

No fundo pode estar a insegurança de Dilma com o futuro. Sabe que o Lula a apoia, mas desde que a reeleição pareça garantida. O ex-presidente está no banco, com as chuteiras calçadas. Poderá entrar em campo ao menor sinal de perigo no placar. As arquibancadas ensaiam o coro para que adentre o gramado, prontas para aplaudi-lo.

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Como  disse aqui  ontem : Não  acredito  na reeleição da Dilma e  muito  menos  em  sua  candidatura.O plano  "B" está sendo  colocado  em  prática , inclusive  a  barba já  está  crescendo  para  a grande revelação, é só  aguardar.

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