quinta-feira, 22 de maio de 2014

CONFRONTO - JUSTIÇA FINAL X REPÚBLICA DE LONDRINA.

Investigações sobre Petrobras e Lulinha marcam o confronto entre “Justiça Final” x “República de Londrina”


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Petrobras é o grande alvo da “Justiça Final de Curitiba” (como vem sendo pejorativamente chamado pela petralhada o trabalho conjunto da Justiça Federal, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Inteligência da Receita Federal sediados na capital do Paraná). Os negócios na Petrobras são o elo mais fraco da corrente do PT. Para quebrá-lo, o próximo passo é detalhar como opera a diretoria financeira da empresa, comandada por Almir Barbassa - segundo avaliação de investidores e investigadores da Operação Lava Jato. O curioso é que “Justiça Final” x “República de Londrina” não é jogo válido pela Copa do Jegue...

O Palhaço do Planalto ficou PT da vida com a divulgação de um ofício enviado no dia 22 de abril pelo delegado federal Cairo Costa Duarte, chefe da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros na Delegacia de Curitiba, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal. O documento escancara a suspeita sobre superfaturamento, pagamento de propina e envio de dinheiro ao exterior na compra bilionária da refinaria Pasadena pela Petrobras. O delegado pede que o juiz autorize o compartilhamento de provas da Lava Jato com um inquérito que corre na PF do Rio de Janeiro sobre a aquisição da refinaria texana.

Um dos trechos do pedido do delegado Duarte ao juiz Moro aloprou a petralhada: “Como é de conhecimento público, a citada refinaria teria sido comprada por valores vultosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a possibilidade de desvio de parte dos recursos para pagamentos de propinas e abastecimento financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro”.

O delegado praticamente resumiu como funcionaria uma espécie de esquema “pós-mensaleiro” na Petrobras: “A partir da compra da refinaria no estado do Texas/EUA (refinaria Pasadena) por parte da sociedade de economia mista Petrobras, possíveis valores teriam sido enviados ou mantidos no exterior sem a respectiva declaração aos órgãos competentes”. O delegado acrescentou que a PF apura “a possível existência de uma organização criminosa no seio da empresa Petrobras, que atuaria desviando recursos com consequente remessa de valores ao exterior e retorno de numerário via empresas off shore”

Outra ação da Polícia Federal no Paraná, que também se tornou providencialmente pública neste momento de “guerra psicológica aos petralhas”, tirou do sério o Presidentro Lula da Silva. Deixou de ser “confidencial” uma investigação sobre “enriquecimento ilícito” feita pelo Núcleo de Inteligência da PF contra o jovem empresário Fábio Luiz Lula da Silva – que detesta ser chamado de “Lulinha”. O documento tornado público revelou as andanças do filho de Lula por Foz de Iguaçu, em 22 de janeiro de 2008, quando visitou Itaipu Binacional e, depois, foi jantar em Puerto Iguazu, na fronteira argentina, no restaurante “El Quincho del Tio Querido” – famoso pela carne deliciosa.

Definitivamente, no Paraná, está o elo fraquíssimo da corrente petralha. Lá opera a famosa “República de Londrina” (que reúne petistas com altos cargos no governo) que hoje está sob fogo cruzado com as revelações da Operação Lava Jato, envolvendo o doleiro Alberto Youssef, o deputado federal André Vargas e faz a ligação com os negócios de Paulo Roberto Costa – tão poderoso que conseguiu que o ministro Teori Zavascki o colocasse em liberdade.

A chamada “Justiça Final de Curitiba” – pejorativa referência dos petralhas a um velho seriado da Rede Globo, “Justiça Final”, no qual um juiz formava parcerias para combater o crime organizado, - está apenas seguindo a Lei, e cumprindo o dever de denunciar quem as investigações e provas indiquem que mereçam ser investigados e indiciados. Pavor para a República de Londrina, que tem entre seus expoentes Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo e sua esposa Gleisi Hoffmann.

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