Em 2002, tornou-se claro que o
então candidato a presidência, Luís Inácio da Silva, iria ser eleito. O pânico tomou
conta do país. Lembro-me de ouvir de muitas pessoas que, sob o governo do
petista, a baderna instalar-se-ia no Brasil; baderna social, política e,
principalmente econômica, interligadas em simbiose geradora do caos. As cidades
seriam invadidas pelos movimentos dos sem terra e/ou dos sem teto. Os
sindicatos, todos aliados do PT, promoveriam greves intermináveis e constantes,
perturbando setores essenciais das atividades sociais e econômicas,
desestabilizando as empresas e promovendo uma insegurança generalizada na
sociedade. A inflação iria subir e o povo iria se revoltar. O Estado seria
aparelhado por amigos do rei e o salário mínimo chegaria às alturas celestes,
falindo de vez a previdência social, as empresas e as prefeituras de todo o
Brasil. Em linhas, gerais, a eleição de Luis Inácio da Silva seria o começo do
fim.
Como a vitória do petista era
certa, coelhos saltaram de inúmeras e poderosas cartolas na tentativa de salvar
o país. Não me admiraria se gente da oposição (ahn?) tenha fornecido ajuda
substancial o futuro presidente.
E eis que veio a salvação da
pátria: a carta aos brasileiros, na qual o candidato dos sonhos de todos os
esquerdistas se comprometeu a manter a ordem, a dar continuidade à política
econômica dos tucanos e a honrar os contratos firmados. Ufa! Paz e felicidade
instalaram-se no país e o operário-nordestino-analfabeto finalmente subiu a
rampa do Planalto.
E tudo seguiu conforme o combinado.
Baderna? Caos? Ora, como os adversários estavam enganados! A república dos
trabalhadores estava instalada e o Brasil deslizava suave no crescimento, no desenvolvimento,
nos projetos sociais. Aparentemente.
Como fomos inocentes! Convivemos
com os chacais, fizemos acordos com o demônio. Pergunte aos políticos e aos intelectuais
honestos e a importantes ex-petistas. Hoje, eles e o resto do país sabem disso.
Enquanto os cidadãos trabalhavam
para construir seus sonhos, levando com eles, o Brasil para o desenvolvimento, o
petismo trabalhava em desvãos imundos para comprar rapidamente o congresso
nacional e levar a República e a democracia para o lixo. Por um acidente de
percurso, os criminosos foram descobertos e acabou-se para sempre, a lua de mel
entre o país e seus governantes.
Entretanto, o petismo não se
abateu porque, como a Hidra de Lerna, tem inumeráveis cabeças, todas venenosas
para a democracia. Sub-repticiamente, como é do seu feitio, foi se assenhoreando
das entidades públicas, foi vendendo partes do erário aos aproveitadores públicos
ou particulares. Assim, a implantação do seu projeto comunista continuou com o
processo de destruição das instituições sociais e da cultura própria do nosso
país.
Por mais de uma década, tal
processo vem sendo alimentados com ações e omissões, com leis, projetos,
discursos, condutas. A institucionalização do racismo, por meio das cotas; a
perpetuação da miséria e da dependência, por meio do bolsa esmola; a
doutrinação esquerdista, por meio da educação formal; o fortalecimento de
bandos criminosos que assaltam propriedades alheias, por meio do apoio
logístico e do dinheiro público; a satanização do parlamento, por meio da
compra e venda de votos; a desmoralização da justiça por meio de discursos e
pronunciamentos oficiais; o abandono dos deveres do Estado (educação, saúde,
segurança) previstos na Constituição; a destinação desenfreada e sem qualquer
justificativa de recurso públicos a países afinados com o projeto comunista; a
desmoralização da família tradicional; a supervalorização de manifestações artísticas
importadas, com características nefastas, como a obscenidade e a incitação ao
crime; etc. Estes são alguns poucos exemplos do processo de destruição da
sociedade brasileira, promovido pelo governo petista.
Hoje vivenciamos as
consequências desta década de perdição. Hoje, estão diante dos nossos olhos todas
as desgraças previstas pelos adversários políticos do petismo e por quem
conhecia e conhece bem os resultados do projeto comunista onde quer que
instale. Como num círculo infernal de horrores, hoje, vivemos o caos social,
político e econômico.
Demorou mais de uma década, mas
Luis Inácio da Silva e seu partido conseguiram rasgar a carta aos brasileiros
como, aliás, sempre foi seu objetivo e justificar o pânico que todos sentiram
ao vê-los no poder, descrito no primeiro parágrafo.
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