Investigações sobre Petrobras e Lulinha marcam o confronto entre “Justiça Final” x “República de Londrina”
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Petrobras é o
grande alvo da “Justiça Final de Curitiba” (como vem sendo pejorativamente
chamado pela petralhada o trabalho conjunto da Justiça Federal, Ministério
Público Federal, Polícia Federal e Inteligência da Receita Federal sediados na
capital do Paraná). Os negócios na Petrobras são o elo mais fraco da corrente
do PT. Para quebrá-lo, o próximo passo é detalhar como opera a diretoria
financeira da empresa, comandada por Almir Barbassa - segundo avaliação de
investidores e investigadores da Operação Lava Jato. O curioso é que “Justiça
Final” x “República de Londrina” não é jogo válido pela Copa do Jegue...
O Palhaço do
Planalto ficou PT da vida com a divulgação de um ofício enviado no dia 22 de
abril pelo delegado federal Cairo Costa Duarte, chefe da Divisão de Repressão a
Crimes Financeiros na Delegacia de Curitiba, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara
Federal. O documento escancara a suspeita sobre superfaturamento, pagamento de
propina e envio de dinheiro ao exterior na compra bilionária da refinaria
Pasadena pela Petrobras. O delegado pede que o juiz autorize o compartilhamento
de provas da Lava Jato com um inquérito que corre na PF do Rio de Janeiro sobre
a aquisição da refinaria texana.
Um dos trechos do
pedido do delegado Duarte ao juiz Moro aloprou a petralhada: “Como é de
conhecimento público, a citada refinaria teria sido comprada por valores
vultosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a
possibilidade de desvio de parte dos recursos para pagamentos de propinas e
abastecimento financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro”.
O delegado
praticamente resumiu como funcionaria uma espécie de esquema “pós-mensaleiro”
na Petrobras: “A partir da compra da refinaria no estado do Texas/EUA
(refinaria Pasadena) por parte da sociedade de economia mista Petrobras,
possíveis valores teriam sido enviados ou mantidos no exterior sem a respectiva
declaração aos órgãos competentes”. O delegado acrescentou que a PF apura “a
possível existência de uma organização criminosa no seio da empresa Petrobras,
que atuaria desviando recursos com consequente remessa de valores ao exterior e
retorno de numerário via empresas off shore”
Outra ação da Polícia
Federal no Paraná, que também se tornou providencialmente pública neste momento
de “guerra psicológica aos petralhas”, tirou do sério o Presidentro Lula da
Silva. Deixou de ser “confidencial” uma investigação sobre “enriquecimento
ilícito” feita pelo Núcleo de Inteligência da PF contra o jovem empresário
Fábio Luiz Lula da Silva – que detesta ser chamado de “Lulinha”. O documento tornado
público revelou as andanças do filho de Lula por Foz de Iguaçu, em 22 de
janeiro de 2008, quando visitou Itaipu Binacional e, depois, foi jantar em Puerto
Iguazu, na fronteira argentina, no restaurante “El Quincho del Tio Querido” –
famoso pela carne deliciosa.
Definitivamente, no
Paraná, está o elo fraquíssimo da corrente petralha. Lá opera a famosa “República
de Londrina” (que reúne petistas com altos cargos no governo) que hoje está sob
fogo cruzado com as revelações da Operação Lava Jato, envolvendo o doleiro
Alberto Youssef, o deputado federal André Vargas e faz a ligação com os negócios
de Paulo Roberto Costa – tão poderoso que conseguiu que o ministro Teori Zavascki
o colocasse em liberdade.
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