Por Fábio Pannunzio
https://www.facebook.com/fabio.pannunzio.94/posts/10152283289724119
Anote aí: A próxima investida do governo será contra o ‘monopólio da
comunicação’, o ‘controle social da mídia’, a ‘imprensa golpista’. Não é
exercício de adivinhação. É o que está nas cartilhas dos petistas “O
Brasil que Queremos”, inspiradora da proposta apresenta por Dilma
Rousseff para debelar o clima nas ruas.
A frase que abre o capítulo sobre ‘reforma política e constituinte
exclusiva’ é a seguinte:
“A democratização do país passa, além da luta
contra os monopólios da comunicação, por modificar o sistema político,
eleitoral e partidário”.
O petismo é inimigo visceral da liberdade de expressão. Com raras
exceções, os ideólogos da ala radical (hoje parece ser a única) não se
cansam de apedrejar a ‘mídia’ que não se dobra ao seu canto da sereia
ideológico, não se encanta com o dinheiro das estatais nem se verga à
pressão para expurgar do noticiário as manchetes que revelam as tungas
sistemáticas e a corrupção deslavada no governo.
Tudo o que esses petistas querem é uma imprensa livre para bajular o
governo e esconder seus malfeitos. Como a cubana — um poodle afável,
castrado (o trocadilho não é intencional), treinado para lamber o sapato
das madames que portam metralhadores e controlam as portas da cadeia.
Ou a venezuelana, domesticada pelo bolivarianismo. Ou a que está nos
sonhos diários da histérica Cristina Kirchner, com quem Dilma Rousseff
fica cada dia mais parecida.
Hoje mesmo li, num desses blogs que se fazem porta-vozes do golpismo,
uma entrevista com um notório sociólogo afirmando que se a ‘mídia’ já
tivesse sido ‘democratizada’ (não sei como eles têm cara-de-pau
suficiente para chamar censura de democracia) não haveria a cobertura
dos protestos no País.
Se o projeto de “democracia” dos petistas para a
imprensa já estivesse vigorando, você provavelmente seria impedido de
saber o que se passa na sua própria vizinhança.
Para nossa sorte, Dilma Rousseff ainda não voltou atrás no que disse
dois dias depois de ter sido eleita: que não patrocinaria nem apoiaria
qualquer projeto que incluísse o controle da mídia.
Mas é preciso lembrar que ela também jurou respeitar a Constituição
e, na primeira oportunidade, tentou golpeá-la com a proposta esdrúxula
da constituinte exclusiva.
O que não falta à presidente são assessores buzinando essas ideias
bizarras em seus ouvidos. Atarantada como está, não é implausível supor
que esteja suscetível a esse tipo de investida.
O chefe dela, por exemplo, já defraudou o cartaz. Se você não viu, é
porque Lula preferiu fazer passeata em casa mesmo, por temer que as
hordas nas ruas talvez lhe fossem hostis demais.
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