19/06/2013
às 20:12 \ Direto ao Ponto
É hora de fechar o cerco aos comparsas que debocham do povo com a celebração do legado inexistente da Copa da Ladroagem
Em outubro de 2007, tão logo a
Fifa anunciou oficialmente que o Brasil seria o anfitrião da Copa de
2014, Lula e Ricardo Teixeira entoaram em dueto a introdução da ópera
dos embusteiros: não será gasto um só centavo de dinheiro público,
garantiu a dupla cada vez mais afinada. Passados sete anos, registra o
meu comentário no final da postagem, o ex-presidente enriquece como
camelô de empreiteiro e o monarca destronado da CBF gasta em Miami o
muito que roubou. Sobrou para os pagadores de impostos a conta da
gastança que chegou nesta terça-feira a 28 bilhões de reais – e continua
subindo.
O palanque ambulante e o cartola
gatuno fazem de conta que não têm nada com isso. Lula também finge que
não ouve direito uma das palavras de ordem berradas por centenas de
milhares de brasileiros que se manifestam diariamente nas ruas do país:
“Copa eu não quero, não. Quero dinheiro para saúde e educação“.
Cumpre aos ativistas o desmonte do monumento ao cinismo.
Cancelar o
evento esportivo que subordina o país à Fifa talvez aumente o tamanho do
prejuízo. Pode ser tarde. Mas há tempo de sobra para aplicar o Código
Penal aos delinquentes que enterraram em estádios inúteis o dinheiro que
falta para reduzir as gigantescas carências do Brasil real.
As multidões indignadas acabam
de conseguir a redução das tarifas de transporte público. Os
país-da-pátria estão assustados com a descoberta de que a paciência
aparentemente infinita acabou. É hora de intensificar a ofensiva contra
os quadrilheiros – políticos, empresários e cartolas – que debocham do
povo celebrando o legado inexistente da Copa da Ladroagem.
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