interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”
Uma vestibulanda de 17 anos deu a sua interpretação :
“Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!“
A Vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos,
das rimas insinuantes e também porque foi a primeira vez que, ao longo de mais
de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher.
j* * *
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