sábado, 28 de março de 2015
segunda-feira, 16 de março de 2015
CUT SEM POVO
CUT SEM POVO
Ernesto
Caruso
- 13/03/2015
Como se podia esperar o povo não
compareceu. Pelas capitais se viu um desfile sem entusiasmo com alguma
diferença nas bandeiras antes exclusivamente vermelhas da entidade. Vez por
outra uma do Brasil.
Do povo trabalhador, só o dinheiro
descontado mensalmente em favor dos sindicatos aplicado no aparato com
bandeiras, camisetas, carro de som a serviço do governo petista, da Dilma, da
Petrobras, como se alienígenas a dilapidassem. E o governo não fosse o
responsável.
Bandeira da CUT que se faz ausente desde
a ascensão de Lula à Presidência da República. Antes mobilizava massas
inflamadas nas ruas e portas das fábricas.
O povo não se engana por muito tempo.
Percebe que os líderes sindicais do passado lutavam ao lado do trabalhador
vestidos com o mesmo macacão sujo de graxa. Hoje, desfilam de terno e gravata
nos corredores do Congresso Nacional, nas chefias e assessorias dos cargos em
comissão bem remunerados. Acomodados na calmaria palaciana.
Como inexpressiva manifestação coube aos
comentaristas de plantão caracterizá-la como contrárias ao governo no seu
planejamento com viés reivindicatório, mas na véspera milagrosamente mudou o
foco a defender a Dilma contra o “golpe”.
Não foi o que se viu na fase de ameaças
como o chamamento de Lula ao “exército do Stédile”. Evidente que a CUT foi
convocada para o espetáculo da sexta-feira, 13, em operação preliminar contra a
marcha do dia 15 de março pró-afastamento da “presidenta”. O Fora Dilma. O Fora
PT. Como meio de se poder salvar a Petrobras e fazer voltar à sociedade a
tranquilidade, estabilidade e segurança que espera e custeia.
Há que se reconhecer o fracasso mesmo com
tanto recurso à disposição dos manifestantes. Quem sabe vão dizer que o boicote
foi coisa da oposição. Como ocorreu no caso do panelaço referido ao Dia Internacional
da Mulher. Panelaço foi feito pelos ricos, argumentam. Ricos não são atendidos
pelo SUS, nem eles do governo que doentes vão ao Hospital Sírio Libanês. Ricos
não usam os precários ônibus no caótico transporte urbano, não se socorrem do
FIES para a formação dos filhos.
Se também fizeram o panelaço é porque
também não aceitam a corrupção de milhões de dólares, como confessam os seus autores
como propina. Palavra repetida que todos viram nos depoimentos públicos.
A comparar o que vai ocorrer no próximo
dia 15 de março e constatar ou não a presença do povo.
sábado, 14 de março de 2015
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